O inverno chegou e, com ele, aquela preocupação que todo tutor responsável tem: será que meu pet está sentindo frio? Essa pergunta me faz lembrar do meu primeiro inverno com a Luna, minha golden retriever. Eu achava que, por ter pelos longos, ela estava sempre quentinha. Que engano! Um dia, encontrei ela toda encolhidinha no canto da sala, tremendo. Foi aí que percebi: nossos amigos de quatro patas também precisam de cuidados especiais quando a temperatura cai.
Durante o inverno, investir em um bom agasalho para pet pode fazer toda a diferença no bem-estar do seu amigo de quatro patas, especialmente para raças pequenas e de pelo curto que sentem mais frio.
Escolher o agasalho para pet ideal vai além da estética – é preciso considerar o tamanho correto, o tipo de tecido e a praticidade para vestir e tirar. Muitos tutores ainda têm dúvidas se o agasalho para pet é realmente necessário, mas para animais idosos, filhotes ou pets que vivem em regiões mais frias, essa proteção extra é fundamental.
Além de manter a temperatura corporal adequada, um agasalho para pet bem escolhido permite que seu companheiro continue aproveitando os passeios mesmo nos dias mais gelados.
Lembre-se de acostumar seu pet gradualmente com o uso do agasalho para pet, usando reforços positivos para que ele associe a roupinha com momentos agradáveis.
Por Que os Pets Sentem Frio?
Vamos começar do básico: sim, os animais sentem frio! E não é frescura, viu? Assim como nós, eles têm uma temperatura corporal que precisa ser mantida. Os cães, por exemplo, têm uma temperatura normal entre 38°C e 39°C, enquanto os gatos ficam entre 38°C e 39,5°C. Quando o ambiente está muito frio, o corpinho deles trabalha dobrado para manter esse calor interno.
Sabe aquela sensação de quando você sai de casa sem casaco num dia gelado? É exatamente isso que seu pet sente quando não está adequadamente protegido. A diferença é que ele não pode simplesmente abrir o guarda-roupa e pegar um agasalho!
Quais Pets Sofrem Mais com o Frio?

Nem todos os animais são iguais quando o assunto é resistência ao frio. Alguns são verdadeiros guerreiros do inverno, enquanto outros… bem, outros prefeririam viver numa praia tropical o ano todo!
Os mais sensíveis ao frio incluem:
- Filhotes e idosos: O sistema de regulação térmica deles não funciona tão bem
- Raças pequenas: Chihuahua, Pinscher, Yorkshire… quanto menor o corpo, mais rápido perde calor
- Pets com pelo curto: Pitbull, Boxer, Dálmata ficam geladinhos rapidinho
- Animais doentes: Qualquer probleminha de saúde deixa o pet mais vulnerável
- Gatos sem pelos: As raças como Sphynx precisam de atenção redobrada
Já os mais resistentes são aqueles com pelagem dupla e densa, como Husky Siberiano, São Bernardo e Chow Chow. Mas atenção: mesmo esses precisam de cuidados em temperaturas extremas!
Sinais de Que Seu Pet Está com Frio
Seu pet não vai chegar e dizer “ô, humano, tô com frio!”. Mas ele dá sinais bem claros. Aprendi a identificar esses sinais do jeito mais difícil possível – vendo minha gata Mimi passar mal numa noite particularmente gelada.
Fique atento se seu pet apresentar:
- Tremores constantes (não é de emoção, é de frio mesmo!)
- Procura por lugares quentes (debaixo de cobertas, perto do aquecedor)
- Postura encolhida, com o corpo todo curvado
- Relutância em sair para passear ou fazer as necessidades
- Patas, orelhas e cauda muito frias ao toque
- Movimentos mais lentos que o normal
- Choramingo ou miados excessivos
Se notar vários desses sinais juntos, é hora de agir! Não espere seu pet ficar doente para tomar providências.
Como Aquecer o Ambiente do Seu Pet
A primeira linha de defesa contra o frio é garantir que o ambiente onde seu pet vive seja aconchegante e quentinho. E olha, não precisa transformar sua casa numa sauna!
Para pets que vivem dentro de casa:
Mantenha a temperatura ambiente entre 20°C e 22°C. Sei que a conta de luz assusta, mas pense na saúde do seu amigo! Se não for possível aquecer a casa toda, pelo menos garanta que o cantinho dele esteja protegido.
Invista numa caminha bem quentinha. Aquelas com bordas altas são perfeitas porque protegem das correntes de ar. Coloque a cama longe de portas e janelas – acredite, faz toda a diferença! Uma dica de ouro: eleve a caminha alguns centímetros do chão. O frio que vem do piso é terrível!
Cobertores são essenciais! Tenha sempre alguns extras à disposição. Seu pet vai adorar se aninhar neles. Só tome cuidado com pets que gostam de mastigar tecidos – segurança em primeiro lugar!
Para pets que vivem no quintal:
Essa é uma situação que exige ainda mais atenção. Primeiro, considere seriamente trazer seu pet para dentro durante as noites mais frias. Sei que nem sempre é possível, então vamos às alternativas.
A casinha precisa ser à prova de vento e chuva. O tamanho importa muito: grande demais não retém o calor corporal, pequena demais é desconfortável. O ideal é que o pet consiga ficar de pé, dar uma volta e deitar confortavelmente.
Forre o chão da casinha com materiais isolantes. Papelão grosso funciona bem como base, e por cima você pode colocar cobertores ou até feno (para quem mora em área rural). Troque esses materiais regularmente para evitar umidade e mofo.
A entrada da casinha deve estar posicionada contra o vento predominante. Uma cortininha de plástico transparente na entrada ajuda a manter o calor sem impedir a passagem do pet.
Roupinhas: Necessidade ou Frescura?
Ah, as famosas roupinhas de pet! Tem gente que acha exagero, mas eu garanto: para muitos animais, elas são necessárias sim! Não é só questão de ficar bonitinho (embora fiquem uma graça, né?).
Quando a roupinha é essencial:
- Pets de pelo curto ou sem pelos
- Animais idosos ou doentes
- Raças pequenas e toy
- Passeios em dias muito frios
- Pets que foram tosados recentemente
Como escolher a roupinha ideal:
O tecido faz toda a diferença. Prefira materiais que aqueçam mas permitam a respiração da pele, como lã ou soft. Evite tecidos sintéticos que podem causar alergias.
O tamanho precisa ser perfeito. Roupinha apertada machuca e restringe os movimentos. Muito larga não aquece e pode causar acidentes. Meça seu pet antes de comprar!
A praticidade também conta. Escolha modelos fáceis de vestir e tirar. Seu pet (e você) vão agradecer na hora do xixi urgente!
Dica importante: Acostume seu pet gradualmente com as roupinhas. Comece com sessões curtas e vá aumentando o tempo. Use petiscos e carinho para criar uma associação positiva.
Cuidados com a Alimentação no Frio
Sabe quando você sente mais fome no inverno? Com os pets acontece a mesma coisa! O corpo deles gasta mais energia para se manter aquecido, então a alimentação precisa de ajustes.
Para pets que vivem em ambientes externos ou são muito ativos:
Aumente a quantidade de ração em cerca de 10% a 20%. Mas atenção: faça isso gradualmente para não causar problemas digestivos. Observe se seu pet está mantendo o peso ideal.
A qualidade da ração também importa. No frio, uma ração com maior teor de proteínas e gorduras boas ajuda a manter a energia e a temperatura corporal.
Para pets sedentários ou que vivem dentro de casa:
Cuidado com o exagero! Se seu pet passa o inverno no sofá, aumentar muito a comida só vai resultar em sobrepeso. Mantenha a quantidade normal ou aumente muito pouco.
A hidratação é fundamental!
Muita gente esquece, mas os pets podem desidratar no inverno também! Eles tendem a beber menos água quando está frio, então precisamos incentivar.
Troque a água várias vezes ao dia. Água geladinha não é nada convidativa no frio! Se possível, ofereça água em temperatura ambiente.
Para gatos, espalhe vários potinhos de água pela casa. Eles adoram ter opções! Fontes de água também são ótimas para estimular o consumo.
Exercícios e Passeios no Inverno

Não é porque está frio que seu pet deve virar um sedentário! Os exercícios continuam sendo importantes, mas precisam ser adaptados.
Para os passeios:
Escolha os horários mais quentes do dia, geralmente entre 10h e 16h. Evite sair muito cedo ou no final da tarde, quando a temperatura despenca.
Passeios mais curtos e frequentes são melhores que um passeio longo. Assim você mantém a rotina sem expor demais seu pet ao frio.
Proteja as patinhas! O chão gelado pode causar rachaduras e ferimentos. Existem botinhas especiais ou você pode aplicar uma camada de vaselina nas almofadinhas antes de sair.
Seque bem seu pet ao voltar para casa, especialmente as patas e a barriga. A umidade prolongada pode causar problemas de pele.
Exercícios dentro de casa:
Brinquedos interativos são perfeitos para gastar energia sem sair no frio. Bolinhas, cordas e brinquedos que escondem petiscos mantêm seu pet ativo e entretido.
Crie circuitos pela casa! Use almofadas, caixas e túneis improvisados. Seu pet vai adorar a novidade e você se diverte junto.
Para gatos, as varinhas com penas e os laser pointers são infalíveis. Só lembre de sempre terminar a brincadeira com uma “captura” real para não frustrar o bichano.
Cuidados Especiais com a Saúde
O frio pode agravar problemas de saúde existentes e criar novos. Por isso, a atenção precisa ser redobrada!
Problemas articulares:
Pets idosos ou com artrite sofrem mais no frio. As articulações ficam mais rígidas e doloridas. Se seu pet tem dificuldade para levantar ou parece mancar mais no frio, converse com o veterinário sobre medicações para alívio da dor.
Massagens suaves e compressas mornas (não quentes!) podem ajudar. Sempre teste a temperatura antes de aplicar no seu pet.
Problemas respiratórios:
Tosse, espirros e coriza podem aparecer ou piorar no inverno. Mantenha o ambiente livre de correntes de ar e evite mudanças bruscas de temperatura.
Se seu pet já tem problemas respiratórios, redobre os cuidados. Use umidificadores de ar para manter a umidade adequada e evite produtos de limpeza com cheiro forte.
Pele e pelos:
O ar seco do inverno resseca a pele e os pelos. Escovações regulares ajudam a distribuir a oleosidade natural e remover pelos mortos.
Evite banhos muito frequentes no inverno. Quando necessário, use água morna (nunca quente!) e seque completamente. Deixar o pet úmido é pedir para ele ficar doente!
Prevenindo a Hipotermia
A hipotermia é uma emergência médica séria que acontece quando a temperatura corporal cai demais. É assustador, mas com os cuidados certos, é totalmente evitável!
Sinais de hipotermia:
- Tremores intensos que param de repente
- Letargia extrema
- Pupilas dilatadas
- Gengivas pálidas ou azuladas
- Respiração lenta e superficial
- Batimentos cardíacos fracos
O que fazer em caso de suspeita:
Aqueça seu pet gradualmente. Envolva-o em cobertores e leve para um ambiente aquecido. Nunca use água quente ou aquecedores diretos – o aquecimento rápido pode causar choque!
Ofereça água morna com açúcar (se o pet estiver consciente). Isso ajuda a elevar a glicemia e dar energia.
Procure o veterinário imediatamente! Mesmo que seu pet pareça melhorar, a hipotermia pode causar danos internos que precisam ser avaliados.
Dicas Extras para o Conforto do Seu Pet
Depois de anos cuidando de pets no inverno, aprendi alguns truques que fazem toda a diferença:
Crie um “cantinho do sol”:
Identifique onde o sol bate durante o dia e coloque a caminha do seu pet lá. Eles adoram se aquecer naturalmente!
Rotina de aquecimento:
Antes dos passeios, faça uma “sessão de aquecimento” brincando dentro de casa. Isso prepara os músculos e reduz o choque térmico.
Atenção aos aquecedores:
Se usar aquecedores elétricos, mantenha-os fora do alcance. Pets curiosos podem se queimar ou derrubar o aparelho.
Janelas e portas:
Vede frestas com protetores de porta. Parece bobagem, mas reduz muito a entrada de ar frio!
Alimentação morna:
Nos dias muito frios, aqueça levemente a comida úmida. Não precisa estar quente, apenas em temperatura ambiente. É um mimo que seu pet vai adorar!
Mitos e Verdades sobre Pets no Frio
Vamos esclarecer algumas crenças populares?
“Pet com pelo longo não sente frio” – MITO!
Mesmo pets peludos podem sentir frio, especialmente se estiverem molhados ou expostos a ventos fortes.
“Gato se vira sozinho” – MITO PERIGOSO!
Gatos são mestres em esconder desconforto. Quando demonstram que estão com frio, geralmente já estão sofrendo há tempo.
“Cachaça aquece o pet” – MITO ABSURDO!
Nunca, jamais dê álcool para seu pet! Além de tóxico, o álcool causa vasodilatação, fazendo o animal perder calor mais rápido.
“Pets engordam naturalmente no inverno” – PARCIALMENTE VERDADE!
Eles podem comer mais, mas o ganho de peso deve ser controlado. Obesidade não é proteção contra o frio!
Conclusão: Amor e Cuidado em Todas as Estações
Cuidar de um pet no inverno exige atenção e carinho extras, mas ver nosso amigo quentinho e feliz vale cada esforço! Lembre-se: cada animal é único. O que funciona para o pet da vizinha pode não ser ideal para o seu.
Observe seu companheiro, aprenda seus sinais e ajuste os cuidados conforme necessário. Com as dicas deste guia, tenho certeza de que vocês vão passar um inverno delicioso juntos!
E aí, qual dessas dicas você vai aplicar primeiro? Seu pet merece todo o conforto do mundo, especialmente quando o termômetro despenca. Afinal, eles nos aquecem o coração o ano todo – é justo retribuirmos mantendo eles quentinhos no inverno!
Lembre-se: na dúvida, consulte sempre seu veterinário de confiança. Cada pet tem suas particularidades, e o profissional que acompanha seu amigo saberá orientar sobre cuidados específicos.
Agora me conta: seu pet é do time que adora o frio ou prefere se esconder debaixo das cobertas? Compartilhe suas experiências e vamos trocar dicas para manter nossos amigos peludos (ou não tão peludos) confortáveis neste inverno!