Dólar sobe a R$ 5,71 e Ibovespa fecha estável antes de decisões de juros no Brasil e EUA

Dólar sobe a R$ 5,71 e Ibovespa fecha estável antes de decisões de juros no Brasil e EUA

O dólar comercial encerrou a terça-feira (6) em alta de 0,37%, cotado a R$ 5,7102, refletindo a cautela dos investidores diante das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, previstas para a quarta-feira (7). O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou leve avanço de 0,02%, fechando aos 133.516 pontos.

A expectativa em torno das deliberações dos bancos centrais dos dois países influenciou o comportamento dos mercados, que aguardam sinais sobre os próximos passos na condução das taxas de juros.

Dólar sobe em meio à cautela dos investidores

A valorização do dólar frente ao real nesta terça-feira foi impulsionada pela apreensão dos agentes financeiros quanto às decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. A moeda norte-americana atingiu a máxima de R$ 5,7374 durante o dia, antes de recuar para o fechamento em R$ 5,7102.

No acumulado da semana, o dólar registra alta de 1,00%, enquanto no mês apresenta avanço de 0,58%. No ano, contudo, a moeda acumula queda de 7,60%.

Ibovespa encerra estável com foco nas decisões de juros

O Ibovespa teve um dia de oscilações, mas fechou praticamente estável, com leve alta de 0,02%, aos 133.516 pontos. O desempenho reflete a cautela dos investidores diante das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

No acumulado da semana, o índice apresenta recuo de 1,20%, enquanto no mês registra queda de 1,15%. No ano, o Ibovespa acumula ganho de 11,00%.

Expectativas para as decisões de política monetária

Brasil: possível aumento da Selic

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (7) para deliberar sobre a taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano. A expectativa do mercado é de um novo aumento, possivelmente de 0,50 ponto percentual, elevando a taxa para 14,75% ao ano.

Este seria o sexto aumento consecutivo da Selic, em uma tentativa do Banco Central de controlar a inflação, que encerrou 2024 acima da meta de 3%.

Estados Unidos: manutenção dos juros

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) também se reúne nesta quarta-feira (7) para decidir sobre a taxa básica de juros, atualmente entre 4,25% e 4,50% ao ano. A expectativa é de manutenção das taxas, apesar das pressões do presidente Donald Trump por uma redução.

Trump tem argumentado que a estabilização da inflação e o fortalecimento do emprego justificariam um corte nos juros. No entanto, o presidente do Fed, Jerome Powell, tem mantido a postura atual, mesmo diante das críticas do mandatário.

Impacto das políticas comerciais de Trump

As recentes tarifas impostas pelo presidente Trump sobre produtos importados têm gerado preocupação nos mercados, devido ao potencial impacto inflacionário e à desaceleração econômica. No domingo (4), Trump anunciou uma tarifa de 100% sobre todos os filmes produzidos fora dos EUA, medida que se soma a outras já implementadas.

A União Europeia, por sua vez, afirmou que não aceitará a pressão de um acordo que não seja benéfico para o bloco, indicando resistência às políticas comerciais unilaterais dos Estados Unidos.

Negociações entre Brasil e EUA

O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, afirmou no domingo (4) que conversou com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sobre a política de tarifas, indicando que os dois países estão negociando os “termos de um entendimento” sobre a questão.

Haddad destacou que a postura do secretário foi “bastante frutífera” e demonstrou abertura para o diálogo, ressaltando a importância de evitar a imposição de tarifas sobre a América do Sul devido aos déficits comerciais que os países possuem com os EUA.

Perspectivas para os mercados

Os mercados aguardam com expectativa as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, que devem influenciar o comportamento dos ativos nos próximos dias. A continuidade das políticas comerciais protecionistas dos EUA e os desdobramentos das negociações internacionais também permanecem

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