A greve dos caminhoneiros em maio de 2025 resultou na maior inflação mensal já registrada nos supermercados de São Paulo desde o início da série histórica em 1994. Segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas), o Índice de Preços dos Supermercados (IPS) subiu 3,55% em junho, superando o recorde anterior de 2,97% em junho de 2008. Com isso, o acumulado do ano, que apresentava deflação de 0,29% até maio, passou a registrar inflação de 3,25%.
Produtos com maiores altas em junho
A paralisação dos caminhoneiros afetou diretamente o abastecimento de diversos produtos, levando a aumentos expressivos de preços. As maiores altas mensais foram observadas em:
- Aves: 21,1%
- Leite: 19,18%
- Ovos: 9,08%
- Carnes suínas: 7,89%
- Carnes bovinas: 7,24%
- Derivados da carne: 4,52%
- Legumes: 3,96%
- Adoçantes: 3,93%
- Frutas: 3,71%
- Cereais: 3,57%
Acumulado do ano até junho
No acumulado de 2025 até junho, os produtos que mais encareceram foram:
- Tubérculos: 43,98%
- Leite: 36,23%
- Ovos: 9,77%
- Verduras: 9,28%
- Legumes: 17,18%
- Frutas: 6,59%
- Aves: 4,21%
- Pescados: 3,08%
- Derivados do leite: 2,37%
- Massas, farinhas e féculas: 2,27%
Impacto nos hortifrutigranjeiros
Os hortifrutigranjeiros também sofreram aumentos significativos em junho:
- Abobrinha: 34,03%
- Frango: 21,94%
- Leite Longa Vida: 19,28%
- Melão: 18,72%
- Vagem: 16,76%
- Chuchu: 16,12%
- Batata: 13,19%
- Lombo com osso: 12,34%
- Acém: 10,66%
- Quiabo: 10,11%
Produtos com maiores altas no ano
Considerando o acumulado do ano, os produtos com maiores aumentos de preços foram:Jornal
- Cebola: 116,80%
- Beterraba: 106,46%
- Pepino: 46,49%
- Abobrinha: 44,02%
- Batata: 40,72%
- Leite Longa Vida: 36,44%
- Melão: 30,88%
- Tomate: 28,34%
- Mamão: 24,32%
- Vagem: 19,90%anuarfilho.com
A greve dos caminhoneiros teve um impacto significativo na cadeia de abastecimento, resultando em aumentos expressivos de preços em diversas categorias de produtos nos supermercados de São Paulo.
A situação evidenciou a vulnerabilidade do sistema logístico e a necessidade de estratégias para mitigar os efeitos de interrupções no transporte de mercadorias.