Lilian Moreno é acusada de prevaricação e desobediência após revogar mandado contra ex-presidente
Juíza é detida após anular mandado de prisão de Evo Morales
Na segunda-feira, 5 de maio de 2025, a juíza boliviana Lilian Moreno foi presa em Santa Cruz de la Sierra, após anular uma ordem de prisão contra o ex-presidente Evo Morales, acusado de tráfico de menor. A decisão da magistrada havia sido suspensa por outro tribunal dias antes.
O que aconteceu
Moreno havia rejeitado as acusações contra Morales, bem como o congelamento de seus bens e a proibição de deixar o país. A prisão da juíza foi executada com base em uma resolução fundamentada, conforme afirmou o procurador-geral da Bolívia, Roger Mariaca.
Declarações oficiais
O Ministério da Justiça denunciou Moreno por supostos crimes de desobediência a resoluções constitucionais e prevaricação, que consiste em ditar disposições fora da lei. A juíza foi transferida para La Paz, onde deverá prestar depoimento a um promotor.
Impactos e consequências
A detenção de Moreno ocorre em meio a um cenário político tenso na Bolívia, com Morales refugiado na região de Chapare há mais de 200 dias, temendo ser preso pela polícia. A situação jurídica do ex-presidente se agravou em setembro do ano passado, quando o Ministério Público reabriu o caso e emitiu um mandado de prisão contra ele.
Contexto histórico
Morales, de 65 anos, governou a Bolívia entre 2006 e 2019. Após renunciar em meio a denúncias de fraude eleitoral, foi para o exílio no México. De volta ao país, apoiou a eleição de seu ex-ministro Luis Arce, de quem depois se desassociou. A tensão entre ambos se agravou após uma tentativa de golpe militar em junho de 2024.
Próximos passos
Espera-se que Moreno preste depoimento nas próximas horas. Enquanto isso, Morales permanece em seu reduto político, resistindo à detenção. A situação continua a evoluir, com possíveis desdobramentos judiciais e políticos nos próximos dias. UOL Notícias+2CartaCapital+2Brasil de Fato+2UOL Notícias+2O GLOBO+2VEJA+2
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