Mães equilibristas: entre a culpa, a sobrecarga e a resiliência

Neste Dia das Mães, é essencial refletir sobre os desafios enfrentados por aquelas que desempenham múltiplos papéis na sociedade. Apesar dos avanços na participação masculina na criação dos filhos, a responsabilidade doméstica ainda recai majoritariamente sobre as mães. A sobrecarga física e emocional, aliada à pressão por excelência em todas as áreas da vida, tem impactado significativamente a saúde mental materna.

Dados do IBGE indicam que as mulheres dedicam quase o dobro de tempo que os homens às tarefas domésticas e ao cuidado de pessoas. Além disso, pesquisas revelam que 97% das mães se sentem sobrecarregadas quase todos os dias, e 94% relatam estar esgotadas. Esse cenário é agravado pela falta de suporte adequado e pela persistência de normas sociais que atribuem às mulheres a responsabilidade principal pelo cuidado familiar.

A médica Ekta Kapoor, em entrevista ao “The New York Times“, destaca que a menopausa ainda é um tabu, especialmente no ambiente corporativo, o que contribui para o silêncio sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres maduras. Ela ressalta que muitas evitam discutir o assunto para não serem vistas como queixosas, perpetuando a falta de acolhimento e compreensão.

É fundamental promover uma mudança cultural que reconheça e valorize o papel das mães, oferecendo suporte emocional, políticas públicas eficazes e uma divisão mais equitativa das responsabilidades familiares. Somente assim será possível aliviar a sobrecarga e permitir que as mães vivam com mais saúde, equilíbrio e satisfação.

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