Coalizão governista é eliminada do segundo turno presidencial e provoca saída de Marcel Ciolacu
Líder romeno deixa o cargo após revés nas urnas
O primeiro-ministro da Romênia, Marcel Ciolacu, anunciou sua renúncia nesta segunda-feira (5), após sua coalizão de governo ser eliminada do segundo turno das eleições presidenciais. A decisão foi divulgada em Bucareste, capital do país, e ocorre em meio à forte pressão política após o desempenho considerado decepcionante nas urnas.
O que aconteceu Marcel Ciolacu, líder do Partido Social-Democrata (PSD) e chefe de uma coalizão com o Partido Nacional Liberal (PNL), renunciou ao cargo de premiê depois que seus candidatos não conseguiram se classificar para o segundo turno das eleições presidenciais.
A disputa será entre representantes da extrema-direita e da oposição liberal, marcando uma reviravolta no cenário político romeno. A eleição ocorreu em um clima de insatisfação popular com a condução do governo, especialmente em temas econômicos e corrupção.
Declarações oficiais
Ao anunciar sua saída, Ciolacu afirmou que “a vontade popular foi clara e deve ser respeitada”. Ele declarou ainda que sua permanência poderia comprometer a estabilidade institucional do país.
“Assumo total responsabilidade pelos resultados e acredito que minha saída abrirá caminho para uma nova liderança e reconstrução do projeto político que represento”, disse o agora ex-premiê.
Impactos e consequências
A renúncia abre espaço para um período de incertezas políticas, especialmente diante da ascensão da extrema-direita no cenário nacional. Especialistas alertam para o risco de instabilidade legislativa e paralisia administrativa.
Economistas também avaliam que a instabilidade pode afetar os investimentos internacionais e a negociação de fundos europeus que são vitais para o crescimento do país.
Contexto histórico
Marcel Ciolacu assumiu o cargo em 2023 como uma tentativa de estabilização política após anos de turbulência entre os principais partidos. Sua coalizão representava uma tentativa inédita de união entre centro-esquerda e centro-direita, mas acabou desgastada por disputas internas e baixa aprovação popular.
Essa é a primeira vez, desde o fim do comunismo, que a coalizão governista fica fora do segundo turno presidencial, o que acende um alerta sobre a insatisfação generalizada com os partidos tradicionais.
Próximos passos
Com a renúncia, o presidente da Romênia deverá indicar um novo nome para formar governo interinamente até que se conclua o processo eleitoral. A expectativa é que o novo chefe de governo seja um nome de consenso dentro do parlamento, para evitar crise institucional.
O segundo turno das eleições presidenciais está marcado para o final de maio, e o vencedor poderá redefinir os rumos da política romena.
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Fonte da notícia: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/05/05/premie-romenia-renuncia-apos-coalizao-ficar-fora-de-2o-turno-da-eleicao.ghtml
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